Sunday, November 30, 2008

uma viagem por marrocos

uma super experiência viajar por marrocos, descendo em marrakesh de avião chega-se neste aeroporto, um projeto de E2A Architecture, AGA, CR Architecture, você começa a ter uma idéia do que te espera nas voltas por esse pais...


a famosa Djemaa el Fna, eu cheguei assim, centro de marrakesh, a medina, cidade antiga, incrível, indescritível e praticamente impossível de captar em uma foto a vida, a movimentação, as luzes e cheiros desse lugar...demora um tempo até começar a entender o que está acontecendo, e quando começa já está tão dentro que nem lembra mais como era não estar....me explico, quando me dei conta estava comendo um couscous com vegetais, um chá de menta, um doce de...não tenho idéia, dando risada da publicidade informal, dos burricos parados do lado de uma barraca de suco de laranja, nossa o suco de laranja, nunca tomei um suco de laranja tão bom na vida! e os frutos secos, as luminárias...com as proximas fotos vou tentar mostrar um pouco do que eu vi e vivi nessa noite en Djemaa al Fna.


os grupos de turistas se misturam com os grupos locais, que se sentam no meio da praça, que literalmente é um grande vazio que possibilita as mais diversas coisas acontecerem aí, contadores de história, encantadores de sepente, berberes que lêem a sorte, mulher que tatuam com henna...parece que Djemaa al Fna quer dizer em árabe, mesquita dos mortos, ou então, que faria mais sentido, uma referência a uma mesquita que existia nesse lugar antes.









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essa era a vista da minha riad, uma casa antiga com pátio interno que se converte num hotel, no meio da medina, a cidade se vê assim desde cima, só as torres das mequitas sobresaem na paisagem, e claro as cinco da manhã você acorda com o chamado para a primeira reza do dia, um grito, meio cantado, meio triste, muito bonito, meio transe.
depois os mercados, mercado e mais mercado, comida, couro, metais, tecidos, temperos.



essa uma visão dos souks, o mercado antigo dentro da medina.

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na estrada, a caminho de essaouira, na costa atlântica, onde começou minha viajem marrocos a dentro...esse é o sol, e o começo do deserto...


a costa desce infinita acariciada por um atlântico cinzento, com praias desérticas, não se pode dizer bonitas, apesar de que têm uma aura um pouco mágica, com as pessoas passando de quando em vez de turbantes brancos e camelos.





e nas cidadezinhas menores, pela estrada, conheci os verdadeiros mercados berberes, os originais, artesanais, onde as coisas se amontoam, e o poco valor das peças destoa com a qualidade exótica dos trabalhos em metal e barro.


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uma pausa na estrada para ver uma árvore de cabras, essas são árvores de argano, de onde se tira um óleo, utilizado em cosméticos e em comida.

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casablanca, tinha a idéia fixa de conhecer essa cidade, uma cidade grande, baguçada, mais perigosa, muito interessante, com umas paisagens bem específicas, a onda do art nouveau e o urbanismo moderno passaram por aqui e deixaram suas marcas no quartier que antes era francês... soprando a poeira, fazendo um esforço e tapando um olho, você pode chegar a ver a beleza da cidade e o que ela foi um dia, hoje, me lembrou o centro do rio de janeiro, uma beleza com feiúra e personalidade.
pausa para comer uma tajine de carne e vegetais....delícia!
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umas imagens da mesquita Hassan II que foi feita pelo próprio, projeto de um arquiteto francês, Michel Pinseau, a construção começou em 1985 e terminou em 1993, é o templo mais alto do mundo, segundo maior depois da Meca, e cheio das tecnologias mais avançadas na época em que foi construído, praticamente sobre a água, e dizem que isso porque Hassan leu uma parte do alcorão que dizia que o trono de deus se encontrava sobre a água, a coisa toda custou 500 milhões de euros.
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Saturday, October 18, 2008

portugal por capítulos - capítulo III: sintra


Sintra, uma das cidades mais peculiares e bonitas de Portugal.

essas são as chaminés do palácio de sintra, onde a família real passava férias, inclusive o pequeno dom Sebastião, que deus o tenha...

essa é a cozinha que fica de baixo das chaminés...imagina os pastéis de nata? huum...
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Patrimônio do Mundo Mundial da Humanidade pela UNESCO, a Quinta da Regaleira é imperdível, construída baseada em um mix arquitetônico gótico-renascentista-manuelino por seu proprietário Antonio Augusto Carvalho de Monteiro, homem interessante, e o famoso cenógrafo Luigi Manini (de La Scala em Milão) é realmente um cenário, um tanto irreal e fantasioso...
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por último o Cabo da Roca, o ponto mais ocidental de portugal, pode-se ir dar um tchauzinho para o Brasil e apreciar as rochas imensas que descem até o mar enlouquecidas, cheias de cores, mini flores e um musgo cor ferrugem que é demais.

alguém consegue ver as pessoinhas lá em cima? eu desci até o mar, pelas trilhas de pescadores que é uma aventura, tem umas horas que é uma corda presa na rocha e você praticamente tem que fazer um rapel...mas nesse cenário vale a pena.

Tuesday, June 24, 2008

portugal por capítulos - capítulo II: braga

Como toda boa arquiteta maníaca, fui até Braga pra ver o estádio do Souto de Moura... e não me decepcionei, nem com Braga nem com Souto de Moura... a cidadezinha muito tranquila, tem um centro charmoso, não muito rico mas bem conservado, as pessoas são simpáticas (é tudo mentira que os portugueses do norte são fechados).

essa é a típica comida de Braga, a frigideira, um folhado de carne grande e bem gostoso.

alguém consegue ver o estadio aí no meio?

imponente e bonito, numa área onde a beleza natural também ajuda, o estádio, com sua incrível cobertura, parece uma obra, no sentido de que não tem nenhum revestimento, o concreto é a estrutura e o próprio edifício, uma coisa bem 'escola paulista', podemos lembrar fácil de Artigas, o ponto de apoio desenhado, pensado, é viga, é pilar, é a própria fachada, sem barreiras que delimitem o que é o que.



as fanáticas velhinhas portuguesas que torçem muuuito, gritam, xingam e claro, amam o Felipão!
de cima do estádio se vê a cidade, uma vista bonita e inesperadamente emoldurada pelo próprio estádio.


Wednesday, June 18, 2008

portugal por capítulos - capítulo I: lisboa


chegando em Portugal, pela estação oriente do Calatrava, super ultra estrutura....uffa!

mas bonita a parte de cima, onde chegam os trens, com os pilares em forma de árvore, no final da tarde...dourando.

numa cena mais lisboeta das antigas, o bondinho, elétrico, como se diz por aqui, tem que dar uma volta de elétrico!

descendo para a Baixa, andamos pela via Augusta, em direção ao Arco Triunfal, porta de entrada da Praça do Comércio, as calçadas de pedra portuguesas, nossa herança já apagada na Avenida Paulista, aqui polidas pelo tempo e pelas pegadas, brilham enquanto contam sobre a história nas suas marcas.a Praça do Comércio, junto com a passeata dos portugues descontentes com o governo, assistimos eles passarem sentadinhos, minha mãe, meu pai e eu, no café mais antigo de Lisboa, o Martinho da Arcada, que tem lá mesa reservada para Fernando Pessoa se ele tiver uma vontade louca de voltar pra tomar um cafezinho com pastel de nata.
a Praça das Figueiras, sem nenhuma figueirazinha, fica cheia de jovens no final de tarde.

falando nele, trocamos umas idéias alí no Largo do Chiado antes de entrar no A Brasileira, parece que ele realmente adorava um cafezinho...


A Brasileira, um café que a gente tem a impressão de já ter visto algo parecido pelo Rio de Janeiro, aliás, é Rio de Janeiro pra todo lado, os portugueses deixaram realmente marcas profundas por lá.


subindo pro Bairro Alto vale a pena visitar a igreja do Convento do Carmo que começou a ser construída em 1389 e ficou em ruinas depois do grande terremoto de 1755, eles deixaram as ruinas e ficou ótimo, o fato de poder ver o céu faz parecer que se está mais próximo dele...

Alfama...capítulo a parte do capítulo Lisboa... que beleza! as ruazinhas labirínticas, estreitinhas, que se desdobram em escadas e desembocam em becos, viram a esquerda e a direita, sobem e descem sem aviso, e quando você pensa que não pode mais saber onde está, se abre um largo de uma igreja, um mirante que te mostra o Tejo, e lá de cima você pode ver o mar de telhas de barro banhadas de sol que descem até tocar nas águas do rio.






o monumento aos grandes descobrimentos, foi realmente daqui que saíram as famosas caravelas...quem reconhece essa calçada?

e pra quem enche a boca pra dizer das praias brasileiras, que realmente devem ter impressionado os primeiros portugueses que chegaram lá, posso dizer que as praias portuguesas também não estão nada mal, com areia, do jeitinho que a gente gosta, e um solão!! essa é Cascais e Estoril, meia horinha de Lisboa.


Convento dos Jerônimos em Belém, o gótico português, com suas veias assim saltadas, um pouco rústico...e aqui o túmulo do Luis de Camões, ele mesmo, dormindo tranquilo de mãos espalmadas.



uma cena da Alfama de noite, na última noite de Lisboa.